Decapê

A Textura do Verdadeiro Decapê

O Verdadeiro Decapê é uma textura muito apropriada em móveis, portas, janelas, esquadrias em geral (molduras de quadro, de espelho, etc...) dando sempre um ar de rústico com muita classe.

A técnica se adapta melhor com as tonalidades desde o marrom escuro até o bege claro, como também, com a cor verde até o azul, podendo no entanto ser usada qualquer cor . Sugere-se usar sempre tom sobre tom.

Material necessário

1) Betume diluído em aguarrás opcional (se quiser a técnica envelhecida).
2) Pano de malha de algodão.
3) Tinta colorida .
4) Verniz .
5) Massa Corrida PVA .
6) Tinta PVA ou acrílica branco-neve .
7) Lixa 120
8) Trincha ou pincel .
9) Cera (opcional) .
10) Corante em tom desejado.
11) Recipiente para a massa .
12) Peça a ser trabalhada .

Deixe "à mão" e prontos os materiais que serão utilizados.

Ferramenta principal

Esta técnica utiliza somente a lixa como principal ferramenta, uma vez que esta dá o acabamento final na peça ou superfície.

Preparo

O creme deverá ser preparado misturando-se 60 % de Massa Corrida látex e 40% de tinta PVA.

Pode-se acrescentar cola branca, (tipo polar) na proporção de 10% de cola, 40% de tinta PVA e 50% de massa corrida.

Bater bem a mistura com uma trincha ou espátula, até que fique com consistência cremosa.
Aplicar a mistura a seguir de seu preparo.

Metodo de trabalho

Inicialmente, limpamos com uma escova a peça, já devidamente preparada com o fundo branco.
Em seguida, passamos a massa previamente preparada sobre a superfície, de forma que esta fique toda coberta e com espessura em torno de uns 2 a 3 mm.

Caso a quantidade fique além desta medida, não haverá problema, uma vez que, com a própria trincha, o excesso será retirado, retornando a sobra da massa para seu recipiente.

Procure espalhar uniformemente a massa por toda a área.
Quanto maior for a pressão exercida na trincha contra a superfície, maior quantidade de frisos salientes serão feitos. O Decapê ficará mais rústico.

Os movimentos durante a aplicação da técnica deverá ser feito da forma mais reta possível, para que os riscos possam ficar paralelos entre si.
Pode-se após aplicar a massa e a escova, passar suavemente a espátula sobre os frisos feitos pela escova, de forma a achatá-los um pouco, dando outro tipo de acabamento .

Procure fazer movimento com o pincel de forma que a tinta preencha os sulcos da textura. Pinte no sentido dos riscos da massa.
Se ao pintar, você não goste da tonalidade da tinta usada (muitas vezes a tonalidade aplicada fica diferente na peça ), poderá ainda dissolvê-la com água, passando uma esponja umedecida sobre a superfície, de forma a clarear a tinta já aplicada, lavando a esponja enquanto estiver numa tonalidade forte.

Após completa secagem da superfície, lixá-la com movimentos no sentido dos veios da textura, até o ponto em que as saliências fiquem com "quantidade" de frisos brancos (cor da massa original) que atinja o acabamento de sua preferência.

Esta técnica poderá ser feita com a aplicação de duas cores. Para tanto, bastará aplicar a primeira demão de uma cor, esperar a secagem completa e aplicar a segunda demão com a outra cor.
Lixar ao final.
Caso queira que o branco do fundo da superfície apareça em algumas áreas, bastará aprofundar (lixar com mais força) a lixa nestes locais..

A pressão sobre a lixa é que determinará o acabamento, quanto mais forte, mais clara ficará a textura (neste caso).
Quanto mais a massa for lixada, tanto mais ficará com riscos brancos correspondentes.

Pode-se deixar algumas partes mais escuras que as outras, evitando-se uma igualdade de acabamento que fique monótona.

Limpar bem a superfície, com escova de cerdas finas, para retirar totalmente os resíduos de pó do material lixado.

Passar uma demão de verniz, brilhante ou sem brilho, para proteger a superfície e torná-la lavável. Sugiro que seja envernizado com verniz sem brilho. Dará uma aparência mais próxima de uma superfície envelhecida naturalmente pelo tempo.Se envelhecida, com mistura de cera e betume, deverá somente ser envernizada após a completa secagem da superfície